quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Mais um capitulo!!!!

Acho que estou a começar um novo capitulo… mas não uma nova história… uma história que continua, embora com novos vectores…o seguimento de um conto que já era feliz e que só não começou mais cedo porque o comodismo e o medo de perder o que já tinha conquistado era muito grande… mas os lucros crescem com o risco… e eu arrisco… ;)

E agora… sou inundada por uma alegre sensação de estar a percorrer um novo trilho… um caminho que não sei onde me vai levar mas que é leve… agradável… divertido… e que me faz sentir muitíssimo bem…

Mais uma pagina em branco que começa a ser escrita… e aqui fica esse relato... mas esta sem amargura ou falsas alegrias… sem decisões precipitadas… sem dramatismos… com a serenidade que os anos me deram… a viver o sonho com os 2 pés bem assentes na terra… e com a certeza que vai ser uma página muito colorida… :):):)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Lost

Sinto-me perdida…
Depois de voltas e reviravoltas da vida há aqueles dias em que a confusão e a catastrofe, inundadas pelo meu dramatismo natural, invadem a minha vida e me sinto assim… perdida… completamente perdida… perseguindo um sonho que nem sei se é possivel… mas que é estranhamente agradavel ter… sonhar… fantasiar.. e depois sentir-me infinitamente perdida sem saber que caminho seguir…
Sabem aqueles momentos em que tudo parece bom demais para ser verdade???
Aqueles dias em que tudo corre tão bem há tanto tempo que, conscientemente ou não, nos vamos preparando para uma queda fatal???
Em que somos assolados pelo terror do positivismo que nos vai na alma e queremos negar a possibilidade de o nosso mundo vir a sofrer um qualquer terramoto sentimental???
Pois … a minha vida estava assim… tudo corria bem… estava feliz… sentia-me a calma e serena (se é que algum dia me poderia ter descrito de tal forma… mas era o que sentia)… o sol que tem aparecido neste inicio de verão deixou-me cheia de energia e com motivação acrescida… de tal forma que deixei o meu dramatismo de lado e andava quase histericamente feliz…
E … de repente… sem que nada o fizesse adivinhar... senti-me inundada por uma nuvem negra que deitou por terra todos os meus sentimentos positivos… o que é pior é que nem sei o porque… crises familiares… discussões inúteis… problemas que me deixam os nervos em franja… e uma falta de paciência infinita para como todos…
Sinto-me sem norte… confusa comigo… faço hoje 26 anos e o que tenho de meu??? Não tenho nada… fui apanhada desprevenida nesta minha crise precoce de “meia-idade”…
E no meio disto tudo o meu mundinho, que nunca foi propriamente estável, está a desmoronar outra vez… e a culpa é minha… apaixono-me pelas pessoas erradas… não dou valor às coisas que realmente importam… sinto-me presa a um mundo monótono que eu detesto… e que não me revela surpresas…
Sinto falta da minha paixão de viver… de ter forças para perseguir um sonho… aquele sonho que eu nem sei se é possível e não sei o caminho para o realizar… de dar cabeçadas… de sofrer por algo que realmente tenha importância… de viver com a intensidade com que a vida deve ser vivida… com a minha euforia…
Enfim… há dias assim… em que tudo parece tão mau… mas que na realidade é só o assombro de ver passar a vida… mais um ano… e as coisas serem sempre as mesmas…
Desabafos...

sábado, 6 de junho de 2009

Eu não sei quem te perdeu


Eu não sei quem te perdeu

Quando veio,
Mostrou-me as mãos vazias,
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.
E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:
"Não partas nunca mais".

E dançou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.

E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.

Abraçou-me
Como se abraça o tempo,
A vida num momento
Em gestos nunca iguais.
E parou,
Cantou contra o meu peito,
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais.

E partiu,
Sem me dizer o nome,
Levando-me o perfume
De tantas noites mais.


E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.

sábado, 25 de abril de 2009

uma estranha forma de ser... mais uma história!!!

Sou feliz???
Sou o que sou e como sou... isso é bom?? É mau??? Não dependerá a nossa felicidade da forma como somos fieis à nossa particular forma de ser???
Encontro na essência das minhas reticencias… das minhas duvidas… dos meus porquês… as duras verdades que a vida tem para me dar....
Tenho vivido lindas historias... momentos meus… fantásticos... alguns partilhei-os… outros vivi-os sozinha... mas hoje sinto-me melancólica... tenho o meu coração confuso... voltei a tropeçar… mais um daqueles percalços da vida que servem de “abre-olhos”... ou talvez não… mas que eu vivi intensamente… como aliás faço sempre…
Quis tanto ser feliz que voltei a cair... procurei a felicidade de forma tão acirrada… e para ser sincera nem sei onde pensei que a ia encontrar mas sei onde ela está… está em mim própria… na minha forma de encarar a vida… e foi a ai que a descobri… reencontrei-me depois de tanto tempo adormecida… reencontrei a Laura que se atira de cabeça em tudo o que se lhe apresenta pela frente… pensei que tinha aprendido a viver com calma… mas isso nunca é possível em mim… porque nada mais me faz feliz que viver tudo com a intensidade que a vida deve ser vivida… com todo o dramatismo que me é tão característico… não como se de um conto de fadas se tratasse nem como um filme romântico… mas como uma história que me iria marcar enquanto pessoa… não como uma historia que pudesse mudar o curso das coisas... ou que me iria transformar noutra pessoa… mas como se fosse mais uma entrada de um diário de alguém que vive como se o mundo acabasse amanhã… sem medo das consequências… mais uma pagina que estava em branco e que foi narrada com emoção, mesmo que se notem nas entrelinhas uma falta de intensidade nas vivencias, houve sem duvida, um enorme sentimento de libertação em relação ao passado que me mantinha presa…
Gatinho em busca de um momento peculiar vivido numa frágil historia… mas não o encontro… não ficou enraizado em mim… não há nada de realmente profundo para resgatar… e por isso me sinto triste… por me ter deixado levar por algo que nem era assim tão intenso… por não existir nada que me leve á exaustão ou a uma tristeza infinita… simplesmente porque não existiu sentimento para isso… por isso não encontro a razão desta passagem na minha vida… ou talvez sim… se tentar racionalizar os meus sentimentos talvez a encontre… precisava de viver algo assim para me libertar de algo maior… para voltar a viver… um ponto de transição… uma sala de espera entre o passado e o futuro… uma daquelas situações que aparecem para nos mostrarem o que somos… quem somos… e eu sou EU… com todos os meus defeitos e qualidades… dramática… enfim a Eu que sou simplesmente porque vivi e aprendi com tudo o que aconteceu na minha vida… sem medo de enfrentar algo só porque me posso magoar depois… sou o que sou e muitas vezes não o que pensam…
Não encontro nesta história o limiar onde a dor, o ódio, o prazer e o amor se encontram… onde se somam as vitórias, as derrotas e as cicatrizes... simplesmente porque não há tais sentimentos… não há magoas em relação a alguém… apenas uma pena… uma melancolia pela forma como as coisas se desenrolaram… e enfim… uma estranha sensação de alivio… e uma paz de espirito porque sei que dei o que de melhor (e pior provavelmente) há em mim…
Deparo-me com a, quem sabe, cruel e bela realidade daquilo que tem somente de ser… e mais uma vez aceito o meu caminho... a minha verdade... o meu destino... o meu fado...
Sem existência de saudade… apenas de um sentimento de falta… nem sei bem de que… acho que da minha entrega incondicional… e por este sentimento que trago dentro de mim me sinto um pouco egoísta porque o que mais sinto falta nem é da paixão ou da companhia… mas da minha necessidade de amar… de me entregar com a paixão com que todos os momentos devem ser vividos…
Confusa com a minha tão estranha (ou nem tanto) forma de ser… sei que sou feliz á minha maneira… J mas continuo a minha busca por todos os momentos da mais profunda felicidade… pois eles existem… só não os encontra quem não vive de forma inerte… sem coragem de os procurar… quem se acomoda no seu mundinho… quem não tem a audácia de viver… A felicidade pode não ser fácil de encontrar mas a vida é uma passagem curta que só vale a pena se a enfrentarmos de peito aberto e com entrega total… com todos os riscos que a convivência humana tem…
Enfim… acho que posso dizer que sou feliz… e tu??? És feliz???